Jun to Ai

Jun to Ai é o nome do atual asadora do canal japonês NHK.Asadora, significa: novela que é transmitida no período da manhã por volta das 8:00 horas . Se caracteriza pela curta duração de cada episódio (15 a 20 minutos de duração por dia).Esse gênero existe desde os anos 60, até chegar a Jun to Ai que tem a previsão para terminar em Março de 2013.

Tive a oportunidade de conhecê-lo através da TV streeming KeyHole, e me identifiquei com o ambiente em que se encontra a história.Para assistir em qualidade e tranquilidade recomendo o D-Addicts.

A história

Começa numa rapidez no roteiro,onde a protagonista Jun retorna de Tokyo para sua cidade natal em Miyakojima, com o objetivo de assumir a administração do hotel de seu falecido avô.Acontece que seu pai o atual responsável quer que seu filho mais velho assuma esse posto mesmo que o tal não queira.Mas não há nada de briga de herança, Jun quer sincera e honestamente fazer isso por puro sonho, pelo seu amor, ao saudoso avô.Mas a natureza impulsiva dessa moça, e o gênero conservador do pai vai provocar uma discussão, fazendo ela sair de casa.Isso acontece em15 minutos, sendo que em 1 minuto ela  já está de volta para Osaka, já buscando uma vaga de emprego no glamouroso hotel, Osaki Plaza.

Será na Osaki Plaza, que Jun mostrará diversas situações do trabalho, ao passo que ela vai "amadurecendo", sem perder o seu caráter.

Jun já logo de primeiro momento diz na entrevista para o gigante hotel, que seu objetivo é se tornar chefe.Depois desse depoimento, os seus futuros colegas passam a apelidá-la de Sachô (chefe em japonês).Uns por carinho, outros por pura tiração de sarro.Apesar da petulância, Jun possui o lado da sinceridade, ela é a que realmente se preocupa em atender a necessidade dos clientes muito além das aparências.

Acidentalmente ela conhecerá Itoshi. Há um trocadilho com o nome do rapaz, onde o kanji de Itoshi é o mesmo para Ai que significa amor.

Ele é um cara misterioso, esquizofrênico se ver pelo lado crítico, e ao mesmo tempo sensível e frágil pelo lado romântico. Itoshi sofre com um trauma, após a morte de seu irmão gêmeo, ele começou a enxergar o verdadeiro sentimento que as pessoas guardam consigo.Como sua visão é quase como raio X, ele sente a necessidade de estar sempre escondendo seu rosto com os cabelos, o que fica com certa aparência assombrosa.

Jun é uma garota que segue sempre seus instintos, procurando ser verdadeira consigo mesma, e simplesmente por esse motivo ela estará sempre metida em casamentos alheios, irresponsabilidades dos irmãos,endividamento do patrão e bate boca com o pai.

O roteiro pode parecer triste, mas saiba que todos os momentos que poderiam ser de lágrimas nesse dorama, acabam por se transformar em situações hilárias, sugerindo que o telespectador enxergue a vida cotidiana com certa graça, assim como o cenário de uma novela.Confesso que no momento em que  pessoas que se amam discutem, brigam correm lágrimas em Jun e em mim também.

Jun to Ai me lembrou um outro dorama de um gênero aproximado de comédia, o Enka no Joou. Mas ao contrário deste, há uma evolução rápida e muito construtiva no primeiro.

O questionamento humano, sobre o que é a real felicidade de cada um, é constantemente lembrado na trama, em que podemos refletir sobre personagens que buscam um casamento ou uma profissão dos sonhos.

O que mais gostei...

A semana do "Kekkon Shiyou" (Vamos nos casar), é a minha predileta.Fala da relação sentimental entre pai e filha,onde o excesso de amor faz provocar até uma discussão.

Um dos momentos de "choque", é quando o pai de Jun por estar com a corda no pescoço, decide vender a casa, e demolir o tradicional hotel do avô.Jun fica louca, vendo seu sonho sendo desmoronado, consciência pesada, como se ela, estivesse agora em dívida com um ente querido.

A partir de então, começa uma segunda fase rumo a realizações e certas tragédias familiares de Jun, como é de se esperar.

Mahou no kuni

No final de cada episódio vem acompanhado por uma foto de um profissional de algum hotel da vida real, inclusive esses "figurantes" se assemelham a personagens da série, será que realmente existe uma Osaki Plaza?

Se tem uma coisa que adorei no roteiro de Jun to Ai, é pela originalidade.Não existe um vilão completamente mau e nem mocinhos completamente perfeitos. Mas sim seres humanos, que por vezes erram, e por vezes se ajudam, conforme suas mudanças de temperamento, seu amadurecimento como pessoas.Apesar de serem por vezes muito caricatas, talvez para não perder o estilo de comédia meio romântica, meio familiar e profissional.Não há apenas uma definição para explicar esse dorama, e isso é o mais divertido.É por isso que não é tão enjoativo quanto gênero School Teen, ou de novelas mexicanas (apesar de que adorei ter assistido Hana Yori Dango e Usurpadora), mas, são fases.Acho que tenho amadurecido por este aspecto.Agora gosto de tudo um pouco, e drama é o que mais me toca.

Abertura

O conto de fadas que é ilustrado na Abertura, fica ao som de HY , uma banda de Okinawa que conheci assistindo no Kouhaku Utagassen. Soube recentemente que foi por opinião do diretor (claro),a escolha da banda.

Meus créditos finais hoje, vão para a minha família que vem acompanhando pacientemente essa novela, e recheando sempre o meu entretenimento, me incentivando a aprender pelo método curioso a língua japonesa.