“Memórias do caderno assassino”

Death Note o caderno da morte, todo nome que for escrito nele falecerá podendo essa morte ser especificada. Caso isso não aconteça, a vítima morrerá em 40 segundos por ataque cardíaco. Quem tem o poder sobre o caderno deve imaginar o rosto e somente assim assinar a seguinte sentença, para que outras pessoas com o mesmo nome não sejam afetadas. Quem desafia as regras da vida recebe o nome de...

KIRA.

Essas instruções descritas nas primeiras páginas negras são o enredo principal da obra de Tsugumi Ohba e Takeshi Obata, Death Note. Por essa originalidade sobrenatural, trouxe a tona o sucesso do mangá e de suas seguintes adaptações em anime, live action e mais recentemente há rumores em remake Norte-Americano.

O visual dark se torna um pano de fundo do suspense policial que envolve as investigações policiais buscando o kira dos criminosos.

Pode a "justiça" ser decidida por um único humano capaz de se aliar a um Shinigami?

No entanto o Shinigami não manipula em nenhum momento as atitudes do dono da Death Note, as leis escritas são universais, mas as decisões são totalmente humanas. Abdicar desse poder é um dos direitos de escolha, no entanto a maioria dos detentores agem como o protagonista Yagami Raito, seu perfil é típico a de um indivíduo inteligente e extremamente astuto. E são essas características que são questionadas na trama: até que ponto pode chegar à ambição de uma pessoa que se diz bem sucedida na vida? O desejo de poder vai evoluindo aos poucos, até o ponto em que Raito é consumido pelo verdadeiro demônio dentro de si: o egoísmo. Mesmo que para isso talvez subliminarmente ele blasfeme em se achar o próprio Deus.

A forma antagônica de como a inteligência pode se ramificar em dois caminhos é representado por L X Raito, e a ingenuidade sendo alvo do cinismo caracterizado por Misia Amane.

Com poucos volumes e completo em conteúdo, imagino que há uma real mensagem muito profunda por trás da ficção surreal dessa história. Mesmo envolvendo figuras representativas de como poderia ser o "Deus da morte", o conceito de maldade não é definida personificada em demônio, mas sim em atitudes de maldade banalizadas como comuns por algumas pessoas.


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